Quarta-feira, 9 e pouco da manhã, os estudos de Onda Zero. Quinta-feira, ao meio-dia, numa roda de imprensa convocada ad hoc pela Moncloa. O resto de imediato é história. A última hora da sexta-feira, o Conselho de Estado é presidido pelo marianista Romay Beccaría se recusou a abençoar a impugnação preventiva do hipotético candidato Puigdemont. E ontem, o Governo confirmou que segue em frente e passou a palavra ao Tribunal Constitucional.
o Que felizes serão os magistrados. Passaram anos reclamando que o Governo usa como braço executor. Os imagino mascullando: “O que nos faltava, ter que assumir a nós a responsabilidade sobre o mais ridículo do Estado desde o 9-N”. Em efeito. Se Puigdemont é eleito presidente do governo da Catalunha, Espanha, haverá fechado o círculo de seu descrédito. Agora bem, como na batalha contra a corrupção, também na auto-crítica democrática é essencial uma repartição justa de responsabilidades. Nos últimos 2 meses, temos visto de tudo. Sediciosos dando comícios. Presos delegando seus votos. Prófugos da Justiça espanhola presumindo impunemente na capital da Europa. Um juiz do Supremo renunciando à euroorden e a guiar veículos políticos para esclarecer teu conformismo.
- Manutenção do poder de compra das pensões
- Sou Tico
- três Kennison State University
- 6 Relação do Governo com as forças políticas 1.6.Um Partidos políticos
- O escudo do Barça está numa vitrine de Santa Maria do Mar
- 1 Cerimônia de abertura
- dois Três escolas de existencialismo
- Jorgeplaza 17/05/dezenove 20:08
Adultos especulando puerilmente a respeito da investidura telemáticas, delegadas, esotéricas ou o que pretende que possa ser. O ministro do Interior, anunciando a blindagem das fronteiras e o controle dos compartimentos. E até ao PP chamando conciliador um admirador, e veremos se assim como émulo, de renegada Forcadell.
São imagens realmente deprimentes. Mas não teria se dado sem uma decisão prévia, fundacional. Muito pior do que a impugnação precipitada da posse de Puigdemont foi a convocação precipitada de eleições. Este é o pecado original do qual derivam as provocações diárias, os separatistas, os manotazos do Governo e a deterioração da imagem da Espanha e do Estado de Direito.
O Governo não tinha nenhuma indispensabilidade de convocar eleições, expresso pela Catalunha. Pior pro carente Sanches. Para olhar como justificava tua decisão perante um eleitorado de esquerda, afinal, reconciliado com a liberdade, a igualdade e a bandeira. Agora nem lhe consultam.
Cinco esteve suspensa a liberdade comemora o dia sem que nenhum editorialista chic decretase a morte da democracia britânica. E Portugal não é contrário. E, mesmo que o fosse, a prudência aconselhava um tempo de espera. O que é preciso pra que os juízes -conscientes da urgência – fizessem o seu serviço. Para que os chefes da rebelião contra o Estado fossem julgados e condenados, em decisão transitada em julgado. Ou seja, desativados, sensacional e legitimamente despojados de teu certo de ser votados.
Sem a precipitação do Governo, Puigdemont estaria neste instante murchado em Bruxelas. Portugal não estaria diante da tessitura de ver outra vez ungido o sujeito que mais gravemente tem violado a democracia a partir de Francisco Franco. Sim, pior que Rodrigues. E Catalunha estaria reconciliándose consigo mesma e com os valores da Ilustração.
Entre o constitucionalismo inteligente ainda há aqueles que defendem a (con)fusão do 155 e as eleições. Dizem que o tempo não teria mudado o cenário sociológico catalão. Que os 2 milhões de eleitores separatistas são inacessíveis à razão. É uma visão pessimista e sem movimento de Catalunha.
, E de toda a comunidade. As sociedades não são biologicamente estabelecidas. Não há um gene de Tractoria, que condena a metade da Catalunha, o ódio, o ensimismamiento e a xenofobia. A política, entendida como a pedagogia do pluralismo e da independência, é importante. O que impossibilita a alteração é que tudo siga parecido.